30 de maio de 2013

Opinião - As Espadas da Noite e do Dia


David Gemmell é um autor de culto com uma vasta obra já publicada, sendo considerado por muitos como um dos melhores autores vivos da high fantasy. A colecção «Via Láctea» apresentou-o com a obra Lobo Branco, a que este título vem dar continuidade. Mesmo quem não leu o livro anterior pode fruir plenamente da leitura, porque Gemmell dá pistas suficientes para que o leitor compreenda a evolução dos acontecimentos, embora se tenham passado mil anos depois da morte de Skilgannon, o Maldito. Este é de novo trazido à vida para derrotar uma tirana sanguinária, a Eterna. Mas, ao cabo dos séculos em que a alma de Skilgannon vagueou no Vazio abissal, será ele ainda capaz de empunhar as espadas mágicas e pôr fim ao massacre?

Opinião:


"As Espadas da Noite e do Dia" é um livro de fantasia escrito por David Gemmell.

Skilgannon passou mil anos no Vazio abissal, onde travou combates com monstros terríveis até ser ressuscitado para tentar travar a tirana Eterna.
Eterna, movida pela sua forte ambição, espalhou a guerra pelos reinos vizinhos desde a sua subida ao poder. A sua pretensão é tornar-se mais e mais poderosa contando com os Jiamands, seres meio homens meio animais para o conseguir. 

Neste mundo, através de uma tecnologia (pouco explicada) é possível ressuscitar os mortos desde que se tenha um osso que lhe pertencesse, existindo diversos casos ao longo do livro de pessoas já mortas trazidas novamente à vida através da tecnologia. 

Este livro não me conseguiu cativar pois nunca me consegui identificar com as personagens principais. Achei ainda o enredo bastante previsível e com poucas surpresas. Das várias cenas de batalha existentes ao longo das suas páginas apenas gostei da descrição de uma.

Classificação: 6-10

16 de maio de 2013

Opinião - Private: Agência Internacional de Investigação


Jack Morgan, antigo fuzileiro naval e agente da CIA, herdou do seu pai a Private, uma reputada agência internacional de investigação e segurança e, com ela uma carga de trabalhos que pode levá-lo ao ponto de rutura. Os segredos dos homens e mulheres mais poderosos chegam diariamente a Jack e aos seus agentes, que usam técnicas forenses de ponta para resolver os seus casos.
Como se não lhe bastasse ter de apurar a verdade sobre um escândalo de jogo ilegal na liga de futebol americano e tentar resolver um inquérito criminal sobre as mortes selváticas de 18 raparigas, Jack ainda vai ter de desvendar o tenebroso assassínio da mulher do seu melhor amigo — e sua antiga amante.
Com uma narrativa que se desenvolve a um ritmo alucinante, Private: Agência Internacional de Investigação é o mais excitante e vibrante thriller de James Patterson.


Opinião:

"Private: Agência Internacional de Investigação" é um thriller policial de James Patterson, autor de vários bestsellers com mais de 250 milhões livros vendidos no mundo inteiro. 

Jack Morgan é um antigo Marine que herdou do pai uma agência de investigação chamada Private. Ele e a sua equipa têm três difíceis casos por resolver; um envolve apostas ilegais na NFL (liga de futebol americano), outro centra-se em desvendar o autor de uma série de homicídios de raparigas e o último, resolver o assassinato da mulher do melhor amigo de Jack, e sua antiga amante.

A equipa da Private é composta por Justine Smith psicóloga e brilhante investigadora, Rick del Rio antigo camarada de Jack nos Marines, Emilio Cruz um dos investigadores, Seymour Kloppenberg, mais conhecido por Sci, cientista responsável pelo laboratório da Private e ainda a Maureen Roth, conhecida por Mo-Bot, a "hacker" da equipa.


Este foi o primeiro livro que li do autor e gostei muito do ritmo elevado e da investigação dos casos que parecem ter saído directamente da série de televisão CSI. 

James Patterson é sem dúvida um autor com um enorme talento e irei seguir com atenção a publicação dos seus livros por cá. Recomendado!


Avaliação: 9-10

13 de maio de 2013

Opinião - Triplo



No ano de 1968, Israel esteve por detrás do desaparecimento de 200 toneladas de urânio, material destinado a dotar o Egito da bomba atómica com a ajuda da União Soviética. Contudo nunca se conseguiu determinar como é que um carregamento daquele minério, suficiente para produzir 30 armas nucleares, desapareceu no mar alto sem deixar provas que comprometessem Israel. Follett pegou nesta enigmática ocorrência e criou a partir dela um thriller único, onde um suspense de alta voltagem se combina com factos históricos.

Opinião:

Triplo" é um thriller histórico da autoria do Ken Follett sobre o desaparecimento de 200 toneladas de urânio em pleno Mar Mediterrâneo que, alegadamente, terá sido desviado pelos israelitas. 

Nathaniel Dickstein é um antigo soldado inglês de ascendência judaica que foi capturado pelos nazis e enviado para um campo de concentração e que, depois da guerra, se mudou para Israel onde se tornou num agente secreto da Mossad, sendo enviado numa missão quase impossível: tentar arranjar plutónio para Israel poder construir uma bomba atómica e, de forma, a que não levante qualquer suspeita. 

Para conseguir arranjar o plutónio Nat terá de se defrontar com dois antigos colegas da universidade de Oxford, David Rostov (agente do KGB) e Yasif Hassan (agente egípcio).

Ken Follett continua a surpreender-me pela sua capacidade em construir personagens muito realistas e humanas e também na construção de óptimos enredos.

Gostei bastante de ler mais este thriller e irei sem dúvida ler mais livros do género.

Avaliação: 8-10

4 de maio de 2013

Entrevista ao escritor David Anthony Durham


A primeira entrevista internacional do blogue é com o autor norte-americano David Anthony Durham, autor da saga de fantasia "Acácia", o romance histórico "Leões de Cartago" entre outros.

Quero agradecer ao David pela sua disponibilidade em fazer a entrevista. E desejar-lhe toda a sorte nos seus futuros projectos.


Eu decidi publicar a entrevista sem traduzir o seu conteúdo por achar que na tradução a mesma poderia perder o significado.




How did you decide to become a writer?

I wouldn’t really say I “decided” to become a writer. It’s more that I realized that I already was a writer. Born that way, I guess. I’ve always had stories in my head. Initially, I didn’t do anything with them. I would imagine a story, live with it for awhile, and that it would fade away.

When I was thirteen, I had to keep a journal for one of my school classes. I had to write in it regularly. That forced me to write some of the stories I already had in me. That was when I first realized that my stories could be lasting things if they were written down.

I also told stories through role playing games like Dungeons and Dragons. I was always the Dungeon Master, and we often went on adventures of my own creation. That was a way to continue to be a storyteller, even if I didn’t yet have a clear focus.

In college finally I got serious about writing fiction. I realized that I needed to put some of those stories on the page, to trap them there and see what I could really make of them. That's what I have done ever since.

When did your interest books started?

When I discovered fantasy. Like so many other writers, I fell in love with reading because of a hobbit's adventures in Middle Earth. And by going through that wardrobe into Narnia. And by sailing the oceans of EarthSea. When I was young, reading was an intense, very private thing for me. My friends weren't particularly avid readers. My family members weren’t that interested in books. So reading was something I did on my own. In many ways I needed the escape I found in fantasy.

You started with historical fiction books, why did you decided to write a fantasy trilogy?

Though I started as a fantasy reader, I got more “serious” in college. I discovered history and became fascinated with it. Combining my interest in history with my desire to tell stories seemed like the perfect way forward. For three novels, that was enough for me.

When I began to think about my fourth novel, though, I wanted a change. My reading had been shifting back toward fantasy. Partly, this was because I had kids and was reading my old favorites with them. But also I found myself reading fantasy and science fiction on my own. I remembered the imaginative potential of the genre, and felt that I could write about serious topics within imagined worlds. What could be better?

How did you build the world of the Acacia trilogy?

I approached it as if I was writing an historical novel. I asked myself the same questions, but instead of researching the answers I created them. I needed to get a feel for the geography of the world and to figure out how these different climates and terrains created different cultures, different racial and ethnic groups. I had to figure out what they traded, which group had resources and which groups needed them. The more I knew about all of these things, the more the history of the world took shape.

The Acacian Empire is a exploitive one, but at the beginning of the book the main characters are young. They don't know the full history and reality of the riches they have inherited. So, readers come to understand how things really at the same time the main characters do. That, to me, is why fiction works. It's not just a matter of having worldbuilding information. You need characters living through a story to lead you into that world.



Do you have much contact with your fans?

Yes, more so than when I wrote historical fiction. The internet is a big part of that. I have a blog and Facebook page. My email is public and I regularly hear from readers. I always write back, too!

Also, I go to science fiction and fantasy conventions: Worldcon, World Fantasy, Readercon, Boskone. I've been to Eastercon and British Fantasy Con in the UK, and twice been to Imaginales in France. I even went to the Elf Fantasy Fair in the Netherlands a few ago! I love meeting fans and hanging out with other writers. I have many, many writer friends now, and each con is like a reunion of old friends. This contact is important because most of the time I'm home with my computer and the thoughts in my head. Getting out an interacting with people keeps me from going too crazy.

Have you ever been to Portugal? If not, would you like to visit Portugal?

I have not been to Portugal. But I would LOVE to visit. Absolutely. Saida de Emergencia once mentioned the possibility of bringing me over, but it never happened. I hope the opportunity comes up again.

It may be easier in a few years. My wife is Scottish, and I've lived in Scotland before. We're in the United States now, but we're considering returning to Scotland in a few years. If so, it'll be much easier to get across to Europe. And Portugal is at the top of my list. So... expect to see me over there before long!

Which historical civilization do you like the most?

Well, I wouldn't want to actually have lived in very many other time periods. Things are rough now, but every time period I can think of had its share of dire problems. So I'll stay here in the 21st Century!

But in terms of fiction... it is fun to voyage into far away times. I've written about the ancient Roman period with Pride of Carthage. That world continues to fascinate me. Ancient Egypt interests me a lot. I am working on a fantasy series for kids set in Egypt.

Do you have a favorite character from one of your novels?

Many, of course. They all mean a lot to me. If I had to pick one this minute I would chose Mena from the Acacia books. I love that's she's physically small but incredibly talent at fighting. She's got a violent gift, but behind it she has a thoughtful, generous mind. Her aerial fighting scenes on Elya's back were some of my favorites to write.

Who are your favorite writers?

Too many to name! I like different writers for very different reasons, and I read in many genres. Fantasy: George RR Martin, Ursula K LeGuin, Neil Gaiman. Heroic Historical Fiction: Bernard Cornwell. Space Opera: Alastair Reynolds, Ian Banks, Richard K Morgan. Contemporary American Fiction: Michael Chabon, T.C. Boyle, Toni Morrison. Science Fiction: Octavia Butler, Kim Stanley Robinson, Neal Stephenson. Horror: Dan Simmons, Stephen King. Crime: George Pelecanoes, Dennis LeHane, Ian Rankin. Young adult fantasy: Paolo Bacigalupi, Margot Lanagan. Children's fantasy: Jonathon Stroud, Angie Sage, Suzanne Collins, Kai Meyer. World Literature: Gabriel Garcia Marquez, Milan Kundera, Ben Okri, Mario Vargas Llosa.

I could go on and on and still be naming "favorite" writers. They're all important to me! I wish that I was able to read more non-English fantasy. Unfortunately, very little of it gets translated. One day, I hope.

What is your favorite book?

The next great one that I haven't read yet.

Would you like to leave a message for your Portuguese fans?

Thank you for being interested in Acacia. I very much hope you like it and spread the word about the series. If you do, I would jump at the chance to come to Portugal and eat and drink and talk with you. I hope that happens!


2 de maio de 2013

Opinião - O Império dos Dragões


No ano de 260 d.C. a cidade de Edessa é assediada pelo exército persa. O imperador romano, Licínio Valeriano, aceita encontrar-se com Sapor I, rei dos persas, para chegarem a um acordo de paz, mas a proposta do seu adversário vinha envenenada, e Valeriano e o seu séquito caem numa emboscada que lhes custará a liberdade e a vida do próprio imperador. Um romance absolutamente soberbo em que Manfredi atinge o auge da sua criatividade narrativa.

Opinião:

O Império dos Dragões é um romance histórico que descreve a captura do Imperador Valeriano e o seu cativeiro juntamente com um grupo de fieis legionários.

Marco Metelo Áquila é o legado da Segunda Legião Augusta e um dos principais generais romanos envolvidos na luta contra os Persas. Ele é o líder do grupo de legionários que foram capturados pelos persas juntamente com o Imperador. 

Ao longo deste romance histórico ficcional seguimos as pisadas de um grupo de legionários, primeiro numa prisão de trabalhos forçados persa e depois numa viagem até ao Império dos Dragões.

Gostei bastante de ler este livro que usa alguns factos verídicos, como a traição ao Imperador Valeriano. Como este livro já não segue tanto a história notou-se mais a criatividade na construção do enredo, mas algumas cenas de luta estão algo irrealistas e demais fantasiosas.

Em suma, um livro agradável de se ler com vários bons momentos e algumas surpresas.

Avaliação: 8-10