Denso e movimentado, Carbono Alterado é uma mistura intrigante da imaginação de William Gibson, da violência do cinema japonês, da envolvência do Roman Noir e do charme de Blade Runner.
No século XXV é difícil morrer para sempre. Os humanos têm um stack cortical implantado nos corpos onde a consciência é armazenada, podendo ser feito um download para um novo corpo se necessário. E enquanto o Vaticano tenta banir essa actividade para os católicos, o secular multimilionário Laurens Bancroft contrata Takeshi Kovacs para descobrir quem assassinou o seu último corpo. A polícia diz que foi suicídio, mas Bancroft sabe que nunca se mataria.
A consciência de Kovacs, cujo último corpo acabara de ter uma morte violenta a muitos anos de luz da Terra, é inserida no corpo de um polícia para investigar este estranho caso. E, para o resolver, Kovacs terá, entre outras coisas, de destruir alguns inimigos do passado e lidar com a atracção que sente por Kristin Ortega, a mulher que amava o corpo onde ele agora se encontra.
Num mundo onde a tecnologia já oferece o que a religião apenas promete, onde os interrogatórios em realidade virtual significam que se pode ser torturado até à morte e depois recomeçar de novo, e onde existe um mercado negro de corpos, Kovacs acaba de descobrir que a última bala que lhe desfez o peito é apenas o começo dos seus problemas…
Opinião:
Ao chegar a Terra é posto num corpo de um policia condenado por vários crimes e tem de aguentar o controlo da Kristin Ortega, uma polícia que era a namorada do dono original do corpo.
Numa história de ficção cientifica o autor consegue inventar uns conceitos inovadores como o facto de toda a consciência ser armazenada numa "pilha". Também há questões religiosas presentes na história, com a minoria católica se recusar a re-imangada (mudança de corpo) e a luta dos mesmos com a Resolução 365.
Takeshi Kovacs é uma personagem com um sentido de humor negro, muito perspicaz, e um homem algo violento e que ainda sofre pela morte da Sarah.
Pontos fortes: A originalidade do enredo. A personagem Takeshi Kovacs e o seu humor negro.
Pontos fracos: Algumas partes são bastante paradas. Demasiados conceitos pouco explicados.
Nota: 6,5-10
2 comentários:
Está visto que este livro não é bem o nosso genero, LOL
Vais gostar mais da Loucura de Deus.
Caro Lars
Tenho pena que não tenhas gostado deste livro do Richard Morgan, eu adorei, talvez ajude o facto de não se editar muita FC por cá, por tanto tudo o que vem à rede é peixe, mas o livro é mesmo bom, experimenta o mais recente dele Forças do Mercado, passa-se num tempo mais próximo e portanto mais fácil de seguires e com todos os pontos positivos que assinalas-te neste livro, vais ver que vais gostar mais, especialmente se gostares de carros...
Magnus
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