23 de dezembro de 2013

Opinião - Vermelho da Cor do Sangue


Quando um mercenário ucraniano conhecido por Gengis Khan assalta a casa do banqueiro Ramiro de Sá, além de um segurança morto e das jóias roubadas, deixa atrás de si um problema inesperado: do cofre do banqueiro foi também levado o passaporte de Valentim Zadenko, um emissário do Partido Comunista da União Soviética que entrou em Lisboa no dia 24 de Novembro de 1975 e aí desapareceu misteriosamente.
Enquanto o inspector Joel Franco, da Polícia Judiciária, investiga o homicídio do vigilante, o passaporte torna-se uma relíquia que muitos querem deitar a mão: não só o próprio Ramiro de Sá, mas também o chefe da máfia russa, um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, um veterano do PCUS que foi camarada de Zadenko e ainda Svetlana, a filha do operacional desaparecido, que vem para Lisboa à sua procura, alertada por um angolano que estudou em Moscovo e participou no assalto. Na busca do documento, todos os caminhos acabarão, mais tarde ou mais cedo, por ir dar a Ulianov, um ex-KGB especialmente treinado que em Portugal se tornou dirigente de um grupo criminoso. Joel terá de contar com a sua ajuda para desenterrar uma conspiração criminosa que nasceu no PREC e envolveu militares revolucionários, banqueiros, assassinos … e várias garrafas de Barca Velha.

Opinião:

"Vermelho da Cor do Sangue" é o segundo livro da trilogia "Não Matarás", que tem como personagem principal o inspector da Polícia Judiciária Joel Franco.

Joel Franco é encarregado de investigar um assalto a um cofre no qual o segurança foi morto, mas a sua investigação leva ao conturbado ano de 1975 e o PREC e ainda tem perigosas ligações com a antiga URSS.

Neste livro pode rever o Ulianov, protagonista do livro "Ulianov e o Diabo", personagem que eu achei que sofreu uma interessante evolução. Eu acho que um livro sobre a participação do Ulianov no gang Cobra seria uma excelente ideia.

Este livro aborda alguns assuntos polémicos como a emigração de pessoas oriundas da antiga União Soviética e como várias organizações criminosas a aproveitaram para expandirem o seu "negócio". Mais uma vez este livro também aborda a corrupção nos meios políticos e económicos.

Eu gostei mais do primeiro livro da trilogia, mas este não deixa de ser um livro com qualidade, com um enredo bem construído, personagens interessantes e credíveis. Um excelente policial português.

Avaliação: 7-10

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