30 de novembro de 2013

Opinião - Tigana - A Lâmina na Alma


Tigana é uma obra rara e encantadora onde mito e magia se tornam reais e entram nas nossas vidas. Esta é a história de uma nação oprimida que luta para ser livre depois de cair nas mãos de conquistadores implacáveis. É a história de um povo tão amaldiçoado pelas negras feitiçarias do rei Brandin que o próprio nome da sua bela terra não pode ser lembrado ou pronunciado. Mas anos após a devastação da sua capital, um pequeno grupo de sobreviventes, liderado pelo príncipe Alessan, inicia uma cruzada perigosa para destronar os reis despóticos que governam a Península da Palma, numa tentativa recuperar um nome banido: Tigana. Num mundo ricamente detalhado, onde impera a violência das paixões, este épico sublime sobre um povo determinado em alcançar os seus sonhos mudou para sempre as fronteiras da fantasia.

Opinião:

"A Lâmina na Alma" é a primeira parte do livro "Tigana", da autoria de Guy Gavriel Kay, que também escreveu o magnifico livro "Os Leões de Al-Rassan".

A Península de Palma é divida em 9 províncias, que se encontram agora sobre o controlo de 2 poderosos magos invasores, com Brandin, Rei de Ygrath a controlar as províncias ocidentais e Alberico de Barbadior a dominar as orientais.

Tigana, agora conhecida como Baixa Corte, tentou resistir a invasão de Brandin e numa batalha nas margens do rio Deisa mataram o herdeiro de Brandin. Como vingança o rei depois de esmagar por completo a resistência, amaldiçoou os orgulhosos tiganos. 

Península de Palma

Este livro tem várias personagens bem construídas como Alessan, príncipe de Tigana, que tenta recuperar a glória perdida de Tigana. Dianora, uma mulher pertencente à saishan, harém, do rei Brandin. Baerd e Catriana dois companheiros de Alessan. Mas principalmente Devin um jovem músico extremamente talentoso.

Gostei bastante de ler este livro, mas por o mesmo ter sido divido, é mais pausado de forma a apresentar ao leitores a Península de Palma e as suas divisões politicas e culturais. 

Depois de ler a segunda metade do livro, que deverá ser publicado no início de 2014 com o nome "A Voz da Vingança", darei uma opinião mais aprofundada sobre os mesmos. 

Avaliação: 8-10

25 de novembro de 2013

Opinião - Tríptico


Três pessoas com segredos perturbadores.
Um assassino sem nada a perder.

Quando Michael Ormewood, detetive da Polícia de Atlanta, é chamado à cena de um homicídio num bairro social, depara-se com uma das mortes mais brutais de toda a sua carreira: o corpo de Aleesha Monroe jaz nas escadas de um prédio, numa poça formada pelo seu próprio sangue e horrivelmente mutilado.

Enquanto incidente isolado, este já seria um crime chocante. Mas quando se torna evidente que é apenas o mais recente de uma série de ataques violentos, o Georgia Bureau of Investigation é chamado a intervir — e Michael vê-se obrigado a trabalhar com o agente especial Will Trent, com quem antipatiza de imediato.

Vinte e quatro horas mais tarde, a violência a que Michael assiste todos os dias explode nas traseiras da sua própria casa. Percebe-se, então, que talvez o mistério da morte de Aleesha Monroe esteja indissoluvelmente ligado a um passado que se recusa a ficar esquecido…

Opinião:

"Tríptico" é o primeiro livro da saga "Will Trent" escrito por Karin Slaughter. 

A polícia é chamada ao bairro social Grady em Atlanta, devido a um brutal assassínio de uma mulher. O caso é atribuído ao detective Michael Ormewood, que recentemente pediu a transferência para os Homicídios.

Will Trent é um agente especial do Georgia Bureau of Investigation, que pensa que o crime em Grady é mais um caso numa série de brutais ataques sexuais que ocorreram na área de Atlanta. 

Tríptico é um excelente thriller que mistura um ritmo elevado nos capítulos com maior ação e um ritmo mais lento na investigação dos crimes e na construção das personagens. Facilmente percebe-se quem é o autor dos violentos crimes, mas a investigação é complexa e tem várias surpresas.

Foi um excelente livro para descobrir mais uma autora nova e continuar nesta minha nova aposta pessoal em ler thrillers/policiais. Sem dúvida que é um livro que os amantes do genero deviam ler.

Avaliação: 8-10

20 de novembro de 2013

Opinião - Alex Cross - A Caça



O detetive Alex Cross é chamado ao local do pior crime a que alguma vez assistiu. Uma família inteira foi assassinada de forma brutal e impiedosa, e uma das vítimas era uma antiga paixão sua.

O mesmo tipo de crimes sucede-se, mantendo um padrão semelhante: a morte de famílias inteiras, cujos corpos são depois objeto de uma crueldade violenta. Alex Cross e a sua namorada atual, Brianna Stone, mergulham neste caso e enredam-se na teia do mortífero submundo de Washington DC. Aquilo que descobrem é tão chocante que mal conseguem compreendê-lo: os assassinos pertencem a um gangue altamente organizado, encabeçado por um diabólico senhor da guerra conhecido como Tigre. Quando o rasto deste temível assassino desemboca em África, Alex sabe que tem de segui-lo. Desprotegido e só, Alex é torturado e perseguido pelo gangue do Tigre.

Conseguirá Alex caçar o seu inimigo, ou será ele próprio a caça?

Opinião:

A Caça é o terceiro livro que li da Saga Alex Cross, e que é  publicado em Portugal pela Topseller.

Alex Cross é chamado a uma casa suburbana, onde é defrontado com a pior cena de crime da sua carreira. Juntamente com a sua namorada, a detective Brianna Stone, tentam desvendar quem cometeu tão hediondo crime. E as pistas levam Alex à África.

O enredo deste livro é divido entre Washington DC e África, onde o autor tenta descrever a violência étnica e religiosa na Nigéria, as consequências da guerra na Libéria e os horrores dos campos no Darfur. 

A ritmo deste livro é elevado e tem um enredo complexo e bem construído. Alex Cross é uma personagem que eu acho particularmente bem construída devido a sua complexidade.

James Patterson é sem dúvida um mestre a escrever policiais e um dos meus autores preferidos. 

Avaliação: 9-10

18 de novembro de 2013

Random Picture #12


Já aceito prendas de Natal!

Opinião - Ulianov e o Diabo


Um magnífico romance policial português
Pedro G. Rosado leva-nos ao velho coração de Lisboa, à beira do Tejo, onde um emigrante russo com o nome de guerra Ulianov, ex-agente do KGB e ex-presidiário, é arrastado para a batalha mais difícil da sua vida, quando a sua irmã desaparece. Em "Ulianov e o Diabo" vamos também conhecer o inferno das cavernas subterrâneas da Lisboa ribeirinha, de onde emerge o sem-abrigo que guarda o segredo do desaparecimento da irmã de Ullianov.

Opinião:

Ulianov e o Diabo, é o segundo livro publicado por Pedro Garcia Rosado, onde a personagem principal é um emigrante russo conhecido por Ulianov.

Ulianov, é a alcunha de Serguei Denisovich Tchekhov, um antigo major da KGB, que veio para Portugal como membro de um grupo criminoso e que depois de ter sido preso torna-se num operário civil. E que ao ser informado do desaparecimento da sua irmã, Irina, tem a difícil tarefa de descobrir o que lhe aconteceu.

Neste livro aparece uma misteriosa personagem que eu já tinha conhecido no "Morte na Arena" que é um antigo combate na guerra colonial que agora morra nos subterrâneos de Lisboa.

Tal como os anteriores livros que li do autor o ritmo desta história é elevado e não tem medo de descrever as cenas mais violentas de uma forma crua mas realista. 

Pedro Garcia Rosado é sem dúvida a minha grande "descoberta" de 2013 no panorama nacional.

Avaliação: 8-10

14 de novembro de 2013

Opinião - O Reino


O Reino é um romance histórico baseado nos conhecimentos atuais sobre os factos que estiveram na origem da formação de Portugal. 
O livro retrata a vida de Dom Afonso Henriques e a complexa teia de relações que levou ao nascimento e reconhecimento de Portugal como um novo reino. 
É também de um olhar novo sobre a vida de Dom Afonso Henriques e através dele se propõem novas interpretações históricas sobre muitos dos episódios que estiveram na origem de lendas que ainda hoje conferem um estatuto de mito àquele que foi o primeiro rei de Portugal.

Opinião:

O Reino é um romance histórico que retrata a vida de Dom Afonso Henriques e a sua luta para conquistar a independência de Portugal.

Afonso Henriques é retratado neste livro como um líder destemido, que não tinha medo de enfrentar forças superiores, um bom estratega militar e um homem inteligente e astuto. E um homem que só teve o seu maior desejo cumprido no final da sua vida.

São retratadas algumas das batalhas mais importantes da história portuguesa, como a batalha de São Mamede em que lutou contra o exército da mãe, Dona Teresa, e a batalha de Ourique onde se proclamou como rei de Portugal após a vitória contra os mouros.

Como o livro cobre um grande período de tempo a construção das personagens não é muito aprofundada, a descrição das batalhas também não é muito explorada. 

Na minha é um bom romance histórico para conhecer melhor a fundação de Portugal e do seu primeiro rei Afonso Henriques.

Avaliação: 7-10

7 de novembro de 2013

Opinião - A Guerra Diurna


Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas. Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui-lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar. A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perderse no poder da magia demoníaca. Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar’Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio. Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.

Opinião:

A Guerra Diurna é o terceiro livro da saga Ciclo dos Demónios da autoria de Peter V. Brett. Depois de alguns anos de espera retoma uma magnifica saga de fantasia, e que com este volume elevou-se a um patamar muito elevado.

Arlen Fardos, também conhecido por Homem Pintado, continua na sua missão de unir as pessoas na difícil luta contra os demónios e de espalhar as guardas perdidas. Com a influência da prometida Renna ele começa a prestar mais atenção as suas relações e afastar-se do rumo auto destrutivo que levava. 

Neste livro conhecemos o passado da misteriosa Inevera, Jiwah Ka (primeira esposa) de Ahmann Jardir. E através do seu passado ficamos a saber certos acontecimentos dos anteriores volumes e a verdadeira influência dela na ascenção de Jardir.


Depois de ter conseguido unir os krasianos num sólido exército e ter conquistado Forte Rizzon, Ahmann Jardir enfreta um impasse na sua Sharak Sun (guerra diurna) por causa do Inverno e decide passar o Inverno na cidade conquistada e que rebaptizou de Fortuna de Everam. Ele irá ter ter um caso amoroso que irá desesperar a sua mulher Inevera. 

A Guerra Diurna foi sem dúvida um dos melhores livros que li este ano devido a complexidade do enredo, ter várias personagens magnificamente construídas e muito realistas e demonstra como diferentes pessoas lutam contra os seus maiores receios.

Avaliação: 10-10

5 de novembro de 2013

Random picture #11


Desenhado por Matthew Stewart

Divulgação: Tigana - A Lâmina na Alma


A Editora Saída de Emergência vai publicar no dia 15 de Novembro o livro "A Lâmina na Alma", que será a primeira parte de "Tigana" da autoria do Guy Gavriel Kay, que escreveu o magnifico Leôes de Al-Rassan. 

 Sinopse:

Tigana é uma obra rara e encantadora onde mito e magia se tornam reais e entram nas nossas vidas. Esta é a história de uma nação oprimida que luta para ser livre depois de cair nas mãos de conquistadores implacáveis. É a história de um povo tão amaldiçoado pelas negras feitiçarias do rei Brandin que o próprio nome da sua bela terra não pode ser lembrado ou pronunciado. Mas anos após a devastação da sua capital, um pequeno grupo de sobreviventes, liderado pelo príncipe Alessan, inicia uma cruzada perigosa para destronar os reis despóticos que governam a Península da Palma, numa tentativa recuperar um nome banido: Tigana. Num mundo ricamente detalhado, onde impera a violência das paixões, este épico sublime sobre um povo determinado em alcançar os seus sonhos mudou para sempre as fronteiras da fantasia.


2 de novembro de 2013

Opinião - Herói


Bernard Cornwell volta a demonstrar porque é considerado um mestre no género do romance histórico. 

Com a mestria e excelência a que Bernard Cornwell habituou os seus leitores, eis que mergulhamos na devastação da Guerra Civil Americana e testemunhamos as vitórias e derrotas dos exércitos do Sul e Norte.

Estamos no ano de 1862 e Nathaniel Starbuck torna-se comandante de um batalhão de castigo: os seus soldados não passam de um bando de cobardes, ladrões, desertores e assassinos. Sob a sua firme liderança, os homens de Starbuck partem ao encontro do exército do General Robert E. Lee e chegam a Harper’s Ferry a tempo de tomarem parte da captura da guarnição.

Daí, o regimento parte para o lendário horror de Sharpsburg, na região Sul, onde decorreu a Batalha de Antietam, que para sempre será recordada como o dia mais sangrento da guerra civil. É então que Starbuck e as suas tropas terão a sua coragem e lealdade testadas ao limite. E poderão voltar para casa como heróis… se sobreviverem.

Opinião:

"Herói" é o quarto volume da saga "As Crónicas de Nathaniel Starbuck". Neste livro é retratada a batalha mais sangrenta da Guerra Civil Americana que ocorreu nas margens do rio Antietam na pequena povoação de Sharpsburg.

Nathaniel Starbuck continua perseguido pelos seus inimigos e é obrigado a abandonar a liderança da Legião Faulconer para assumir controlo sobre o batalhão de castigo, vulgarmente conhecidos por Pernas Amarelas. Esse batalhão é composto pelos desertores e cobardes do exército sulista.

Lúcifer é o nome assumido por um jovem escravo foragido que se torna criado de Nate. Ao seu serviço ele dá asas a toda a sua irreverência mas também mostra o seu lado mais humano ao fazer tudo para defender Nate dos seus inimigos.

A batalha de Antietam foi a mais sangrenta de todas da Guerra Civil e provocou mais de 23 mil mortos. Como sempre Cornwell é um mestre a descrever a dureza de uma batalha e a descrever os horrores físicos e psicológicos que os combatentes passam. A batalha não teve um vencedor claro mas provocou o fim da invasão sulista.

"As Crónicas de Nathaniel Starbuck" é uma excelente saga sobre a Guerra Civil que devastou a América há 150 anos atrás. Para quem goste de romances históricos é uma saga a não perder.

Avaliação: 8-10