Quem consegue adivinhar as origens desta unidade de cavalaria?
24 de abril de 2013
21 de abril de 2013
Opinião - Voo Final
Em Junho de 1941 a Dinamarca encontra-se sob a ocupação de Hitler, enquanto a Grã-Bretanha é a única potência europeia em condições de fazer frente ao avanço dos nazis. Mas os aviões que partem em missões de bombardeamento são sistematicamente abatidos pelos esquadrões germânicos, como se de algum modo estes conhecessem os planos de ataque da RAF. Uma agente do MI6 é destacada para investigar o que está a beneficiar os alemães, numa missão secreta à Dinamarca... Ao mesmo tempo, na pequena ilha de Sande, o jovem Harald, encontra numa base secreta dos alemães algo cuja descoberta pode ser vital para mudar o curso dos acontecimentos... Um thriller empolgante e complexo, baseado num caso verídico, pela mão do grande mestre da arte de contar que é o mundialmente famoso Ken Follett.
Opinião:
"Voo Final" é um thriller de espionagem da autoria de Ken Follett. No livro é retratada a vida na Dinamarca ocupada pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Hernia Mount é uma agente do MI6 que viveu vários anos na Dinamarca. Vendo a iminente invasão nazi à Dinamarca ela começa a montar uma rede de espiões, que serão responsáveis por encontrar informações que possam favorecer os britânicos na difícil guerra.
Harald é jovem estudante que sonha estudar física com Niels Bohr, mas numa visita a casa descobre algo que irá mudar radicalmente a sua existência.
Como é característico nos livros de Follett a descrição do ambiente e a criação de personagens está excelente. O enredo da história está bem construído, com algumas surpresas no meio, mas o final foi algo previsível.
As descrições das cenas de voo e as explicações acerca dos diversos sistemas instalados no avião para permitir o voo estão formidáveis e eu senti-me que estava ao lado das personagens a pilotar.
Gostei imenso de ler este livro, e a mudança de género literário foi muito positiva. A repetir no futuro.
Avaliação: 8-10
16 de abril de 2013
Opinião - Traidor
Americano contra americano.
Irmão contra irmão. Numa guerra Civil.
Tão cruel como a americana há heróis vilões e... um traidor.
Irmão contra irmão. Numa guerra Civil.
Tão cruel como a americana há heróis vilões e... um traidor.
No verão de 1862, o capitão da Confederação Nathaniel Starbuck regressa à linha da frente da Guerra Civil Americana. Embora tenha participado em muitas batalhas vitoriosas, não pode escapar às suas raízes do Norte e torna-se apenas uma questão de tempo até ser acusado de ser um espião Yankee, perseguido e brutalmente interrogado.
Para limpar o seu nome, terá que encontrar o verdadeiro traidor, uma proeza que irá exigir uma coragem extraordinária, uma resistência heroica, mas também uma odisseia perigosa através do território inimigo. Conseguirá Starbuck restaurar a honra do seu nome e livrar-se da infâmia?
Para limpar o seu nome, terá que encontrar o verdadeiro traidor, uma proeza que irá exigir uma coragem extraordinária, uma resistência heroica, mas também uma odisseia perigosa através do território inimigo. Conseguirá Starbuck restaurar a honra do seu nome e livrar-se da infâmia?
Opinião:
"Traidor" é o segundo volume da saga "As Crónicas de Nathaniel Starbuck", que retrata a Guerra Civil Americana.
Depois da vitória em Manassas, os sulistas enfrentam agora uma nova invasão e são obrigados a ceder terreno. Mas o comandante conferado McClellan sobrestima largamente o numero dos soldados oponentes, o que a tomar uma campanha muito cautelosa.
Nate Starbuck, um nortista que combate pelo Sul, é acusado de ser um espião e aprisionado, onde ele barbaramente torturado para confessar que é um espião, mas é libertado por ser inocente. Mas para restaurar a sua honra e reassumir o seu posto na Legião Faulconer, ele terá de encontrar o verdadeiro espião.
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Batalha de Ball's Bluff |
Como é hábito do Bernard Cornwell as descrições das batalhas estão muito bem descritas e o mais verídicas possível, gostei particularmente da descrição da batalha de Ball's Bluff.
A escrita e capacidade do autor em misturar factos verídicos com outros ficcionais continua magistral, facto que o torna num dos meus autores preferidos. Se gostarem de historia Cornwell é sem dúvida um autor que deverá ter na sua estante.
Avaliação: 8-10
10 de abril de 2013
Tempus fugit
Infelizmente devido a questões profissionais o tempo para a leitura e actualização do blogue tem sido curto, por isso o mesmo tem tido poucas actualizações, facto pelo qual peço desculpa a todos os seguidores.
Boas leituras!
31 de março de 2013
29 de março de 2013
Entrevista ao escritor Pedro Ventura
Pedro Ventura é o próximo autor entrevistado. Ele recentemente relançou "Goor - A Crónica de Feaglar" numa edição de autor, que poderá comprar aqui.
Dos livros publicados pelo autor eu li "Goor - A Crónica de Feaglar I" e "O Regresso do Deuses - Rebelião", que são dois romance épicos de imensa qualidade. E eu estou desejoso de ler o final do Goor.
Dos livros publicados pelo autor eu li "Goor - A Crónica de Feaglar I" e "O Regresso do Deuses - Rebelião", que são dois romance épicos de imensa qualidade. E eu estou desejoso de ler o final do Goor.
Quero agradecer ao Pedro a disponibilidade para fazer esta entrevista e pelo autografo e dedicatória que fez no livro.
Oito anos depois, Goor - A Crónica de Feaglar está de novo a venda, como tem sido a reacção dos leitores?
Tem sido bastante positiva, apesar das minhas limitações em termos de divulgação. Mas é uma luta bastante complicada – muitas pessoas só estão interessadas em ler os temas da "moda" e torna-se difícil flanquear esses gostos que têm uma máquina bem oleada a amamentá-los. Espero que o livro me ajude em termos de marketing, divulgando-se a si próprio com o passar do tempo. De qualquer das maneiras, já estou habituado a ter de lutar – nunca nada me caiu de bandeja...
Poderá falar-nos um pouco de Feaglar e Gar-Dena, personagens principais de Goor - A Cronica de Feaglar.
O Feaglar é aquele sujeito iluminista cheio de boas intenções (apesar de não ser isento de alguns defeitos, obviamente) que gostaria de ter a governar o meu país. A sério! A Gar-Dena... Bem, por estranho que possa parecer, sempre fomos um pouco distantes. A minha personagem feminina preferida é outra...
Se fosse uma personagem do universo Goor qual escolhia e porquê?
Talvez o capitão Thalian. É um tipo decente e competente. Não dá muito nas vistas, mas é um pilar essencial para os que rodeiam. Gosto de pessoas assim.
Como se inspirou na criação do mundo de Goor?
Sinceramente, não procurei criá-lo – não o projectei, digamos assim. Ele surgiu per si na minha mente e o enredo foi-se desenrolando de uma forma natural. Costumo dizer que fui um mero cronista de acontecimentos que presenciei. Não foi fácil porque, por vezes, tornava-se difícil acompanhá-los com a escrita, mas fiz o que pude.
Qual a personagem por quem nutre um maior carinho?
Calédra, sem dúvida! É um mulher pragmática, obstinada e apaixonada, com aquele "je ne sais quoi". Depois dos Goor, senti-me em dívida para com ela e tive de lhe dar protagonismo em O Regresso dos Deuses. Curiosamente, há quem a adore ou estranhe a sua frieza e sobranceria, duvidando até que uma personagem assim pudesse assumir um papel de liderança. Será? A "nossa" História parece dizer o contrário... Além do mais, quem preferiam ter do vosso lado numa situação em que se pode ter a vida em risco? A Calédra ou a Buttercup? Não entendo porque é que isso pode causar impressão, quando se engole tantas personagens femininas nos antípodas – fracas, sem carácter, submissas... Calédra acaba por ser uma homenagem às mulheres "fortes", com uma "coisinha" chamada carisma. Existem, não existem? Assusta-me que possa haver quem sinta arrepios por causa da sua personalidade... Lamento a imparcialidade, mas esta é a personagem que sempre irei defender com unhas e dentes - é o tal carinho!
Para si, qual é a importância dos blogues na divulgação de livros?
Muitíssimo grande! Como autor e leitor, só posso estar agradecido por existirem blogues como este, que não se limita a ser uma mera "passerelle" de capas bonitinhas e de apreciações do tipo "like/deslike button". A diversidade é uma coisa que aprecio muito... O que também aprecio é a oportunidade dada aos autores nacionais, que precisam cada vez mais de visibilidade e de críticas, boas ou más, desde que sejam construtivas, fundamentadas e isentas de qualquer interesse obscuro. Essa crítica pode ser uma ferramenta fundamental para o amadurecimento dos autores. Infelizmente, em Portugal acontece tudo muito ao estilo de "gritos ou silêncios", sem que haja essa preocupação, esse acompanhamento. Por outro lado, as pessoas falam da crise e preocupam-se com encerramento da loja x e da fábrica y e esquecem que os autores nacionais (aqueles que não são vedetas dos media...) também estão nesse barco. Não vejo ninguém preocupado com o facto de um autor abandonar a escrita. Que se lixe, não é? Podemos sempre importar milhares de "pérolas" literárias estrangeiras porque, essas sim, são todas de uma qualidade inquestionável...
De onde nasceu o seu interesse pela literatura?
Não tenho uma memória desse nascimento, talvez por não haver um momento preciso. É uma daquelas coisas que se perde nas brumas do passado. No entanto, o ambiente familiar ajudou bastante nesse parto e posterior desenvolvimento. Tive a sorte de crescer rodeado de livros, muitos de Ficção Científica e Fantasia, géneros tidos por leitura "para gente com pouco siso" por uma boa parte da sociedade. Num mundo de gente tão "sã", o meu orgulho em ter pouco siso é enorme...
Quais os seus escritores preferidos?
É que são tantos... Júlio Verne, Frank Herbert, C.S. Forester, George Orwell, Bernardo Santareno, Ray Bradbury, Isaac Asimov, Aldous Huxley, Paul Brickhill, Robert Heinlein, Fernando Pessoa, Enid Blyton, Tolkien, David Brin, H.G. Wells, K. Dick, Umberto Eco, James Tiptree Jr. (Alice Sheldon), H. P. Lovecraft, Conde de Volney, Jules Verne, John William Wall, Sinclair Lewis, Jean-Michel Angebert, Alexandre Dumas, Michael Moorcock, Erich Von Daniken, etc, etc. Tenho também de referir Rod Serling, pois nem todas as preferências vieram do papel.
Qual o livro que gostava de ter escrito?
Uma boa pergunta. Mas nunca pensei nisso. Gostava era de saber o que esteve na origem de certos livros. Por uma questão de curiosidade, gostaria de ir às origens da inspiração para o Épico de Gilgamesh ou de acompanhar Luciano de Samósata enquanto ele escrevia o seu Uma História Verdadeira. Isso, sim, seria fantástico.
Já tem mais projectos em mente?
Ter projectos não é difícil, o pior é concretizá-los. Tenho pouco tempo e confesso que sou péssimo a organizar esse pouquinho que vou desenrascando no quotidiano. Para já, conto reeditar o Goor II lá para Maio ou Junho – depende de vários factores. Já tenho uma história que dá continuidade ao universo dos meus livros anteriores, passada numa época posterior, com uma visão mais centrada em questões sociais e um nível tecnológico superior, em certos aspectos – um adeus às espadas, digamos assim... Mas talvez possa surgir algo diferente, que venha a ter toda a minha atenção. Logo se vê...
27 de março de 2013
Opinião - A Filha do Império
Mara era apenas o membro mais novo de uma família nobre. Nunca esperou que a súbita e chocante morte do irmão e do pai pudessem trazer-lhe tamanha responsabilidade. Apesar do seu sofrimento, cabe-lhe a tarefa de vestir os mantos da liderança e enfrentar as dificuldades. Mas embora inexperiente na arte política, Mara terá de recorrer a toda a sua força e coragem, inteligência e astúcia, para sobreviver no Jogo do Conselho, recuperar a honra da Casa dos Acoma e assegurar o futuro da sua família. Rapidamente se apercebe de que a traição e os inimigos da família quase levaram a sua Casa à aniquilação completa. Todas as esperanças estão depositadas numa única mulher: uma rapariga que terá de crescer rapidamente e aprender um jogo perigoso, onde não há tempo para errar…
Opinião:
"A Filha do Império" é o primeiro volume da trilogia "Saga do Império", que nasce da colaboração do Raymond E. Feist com Janny Wurts.
Ao contrário das sagas anteriores, "Saga do Mago - Guerra do Portal" e "Os Filhos de Krondor" nos quais a maioria dos acontecimentos ocorrem em Midkemia, o enredo desta saga desenvolve-se em Kelewan durante a Guerra do Portal.
Mara é uma jovem de 17 anos que inesperadamente tem de assumir o controlo da sua família nobre, os Acoma, devido a morte do seu pai e irmão que foram provocadas por uma casa rival.
Por isso ela é obrigada a perder a sua adolescência para tentar restaurar a honra da sua família e tentar vingar a morte dos seus familiares.
Por isso ela é obrigada a perder a sua adolescência para tentar restaurar a honra da sua família e tentar vingar a morte dos seus familiares.
Ao contrário das outras sagas, a magia é um elemento pouco presente ao longo do livro, sendo ele mais direccionado para a luta pelo poder por parte das principais casas de Kelewan, naquilo que é apelidado no mesmo por Jogo do Conselho.
Por ser o primeiro livro da saga o ritmo é algo lento, para o leitor se ambientar ao fantástico mundo de Kelewan, fazendo a descrição da cultura do seu povo, que tem influências orientais.
Apesar de este livro não ter tão presente a magia a sua qualidade não peca em nada em relação aos anteriores livros que li do autor. Bem pelo contrário, na minha opinião é um dos melhores que li e irei seguir com muita atenção os restantes livros da trilogia. A não perder!
Avaliação: 9-10
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