17 de outubro de 2012
Opinião - Num Vento Diferente
Ursula K. Le Guin iniciou o ciclo de Terramar em 1968, com o título O Feiticeiro e a Sombra, a que se seguiram Os Túmulos de Atuan (1971) e A Praia Mais Longínqua (1972). Entretanto, em 1990 surgiu Teanu, o Nome da Estrela. Todos eles se encontram traduzidos em português, pela Presença, na colecção «Estrela do Mar». No início deste século Le Guin revisitou Terramar e sentiu que algo tinha continuado a acontecer. Assim, escreveu Tales From Earth and Sea e Num Vento Diferente que agora se publica. Neste belo romance fantástico, há uma ruptura e um desequilíbrio devidos ao uso perverso da magia, pelos humanos, que têm de ser sanados para que seja restituída a unidade da Antiga Fala, a Língua da Criação.
Opinião:
Com o livro "Num Vento Diferente" retomei a minha "viagem" por Terramar. O enredo deste livro passa-se algumas décadas depois do final do livro "Tehanu - O Nome da Estrela".
Em Terramar há um grave desequilíbrio causado pelo uso perverso de magia por parte de alguns humanos que procuram a imortalidade.
Amieiro, um simples mago com o poder de consertar coisas, é levado em sonhos para a terra da sombra onde contacta com a sua falecida esposa. A partir dessa noite que em todos os seus sonhos os mortos o tentam contactar. Para tentar afastar os mortos ele vai a procura dos feiticeiros de Roke.
O tema central desta obra é a morte e a sua difícil aceitação, que levou a que poderosos feiticeiros tentassem arranjar uma forma para que se tornarem imortais, o que causou o desequilíbrio do mundo.
Este livro provou-me mais uma vez o enorme talento da autora, que deve uma presença obrigatória em todos os amantes da literatura fantástica.
Avaliação: 8-10
14 de outubro de 2012
Opinião - O Inverno do Mundo
Este volume vem dar continuação à extraordinária trilogia de Ken Follet, O Século, depois do êxito internacional alcançado pelo volume inaugural, A Queda dos Gigantes. A história recente do conturbado século XX continua a desenrolar-se como se diante dos nossos olhos, as figuras históricas e os acontecimentos reais evoluindo e decorrendo em simultâneo com as vidas da segunda geração das cinco famílias que já protagonizaram o primeiro volume, misturando-se num grandioso e colorido fresco em amplas pinceladas que, graças a uma rigorosa fundamentação e a um talento narrativo raro, se encaixam numa totalidade cheia de vida realismo. O Inverno do Mundo decorre entre a ascensão do nazismo e as suas dramáticas consequências até ao início da Guerra Fria.
Opinião:
O Inverno do Mundo é o segundo livro da Trilogia O Século, escrita pelo galês Ken Follett. Este livro decorre numa das épocas mais conturbadas do século passado, e retrata a Grande Depressão, a Guerra Civil Espanhola, a ascensão de Hitler ao poder, a Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria.
A Alemanha está a braços com uma gravíssima depressão económica o que leva a um crescimento do partido nazi com as suas politicas ultra-nacionalistas e promessas da extinção do desemprego. Hitler através de vários estratagemas e manipulações consegue ser eleito como Chanceler e assumir o controlo absoluto sobre o país.
A Espanha encontra-se numa guerra civil entre os republicanos e os fascistas liderados pelo General Franco. Os republicanos contam com a ajuda das Brigadas Internacionais na sua defesa por um estado de direito, Lloyd Williams voluntária-se para as brigadas pelas suas fortes convicções anti-fascistas.
Com Hitler no poder o exército alemão começa a fazer uma campanha agressiva para conquistar mais terreno e com isso provoca a Segunda Guerra Mundial.
Este livro não tem muitas batalhas retratadas, já que o autor prefere dar revelo ao enorme sofrimento humano que houve, desde as costas francesas às frias terras russas e passando pelo tropical Hawaii.
Ken Follett antes de escrever romances históricos era um reconhecido autor de policiais e thrillers, veia que explora bastante neste livro com a espionagem a ser uns do principais assuntos retratados. A politica é também bastante importante neste livro com a luta entre a democracia, o comunismo e o fascismo sempre presente.
Para mim esta é sem dúvida uma trilogia que todos os amantes da literatura deviam de ler. Não tenham medo do tamanho dos livros, porque todas as páginas merecem ser lidas. Esta é sem duvida uma das melhores trilogias que já li, e estou ansioso por ler o volume final desta trilogia.
Avaliação: 10-10
28 de setembro de 2012
Aquisições
Este volume vem dar continuação à extraordinária trilogia de Ken Follet, O Século, depois do êxito internacional alcançado pelo volume inaugural, A Queda dos Gigantes. A história recente do conturbado século XX continua a desenrolar-se como se diante dos nossos olhos, as figuras históricas e os acontecimentos reais evoluindo e decorrendo em simultâneo com as vidas da segunda geração das cinco famílias que já protagonizaram o primeiro volume, misturando-se num grandioso e colorido fresco em amplas pinceladas que, graças a uma rigorosa fundamentação e a um talento narrativo raro, se encaixam numa totalidade cheia de vida realismo. O Inverno do Mundo decorre entre a ascensão do nazismo e as suas dramáticas consequências até ao início da Guerra Fria.
Ursula K. Le Guin iniciou o ciclo de Terramar em 1968, com o título O Feiticeiro e a Sombra, a que se seguiram Os Túmulos de Atuan (1971) e A Praia Mais Longínqua (1972). Entretanto, em 1990 surgiu Teanu, o Nome da Estrela. Todos eles se encontram traduzidos em português, pela Presença, na colecção «Estrela do Mar». No início deste século Le Guin revisitou Terramar e sentiu que algo tinha continuado a acontecer. Assim, escreveu Tales From Earth and Sea e Num Vento Diferente que agora se publica. Neste belo romance fantástico, há uma ruptura e um desequilíbrio devidos ao uso perverso da magia, pelos humanos, que têm de ser sanados para que seja restituída a unidade da Antiga Fala, a Língua da Criação.
9 de setembro de 2012
Opinião - As Aventuras de Hornblower
Horatio Hornblower é um jovem de 17 anos e está prestes a embarcar na maior aventura da sua época: a de oficial da Marinha Britânica, e logo no momento em que a Europa começa a tremer perante o génio militar de Napoleão Bonaparte. Mas antes que Hornblower possa mostrar as suas habilidades como líder e herói, ele terá que enfrentar a hostilidade dos seus camaradas, será forçado a um duelo e, mais importante, terá que se manter bem afastado da guilhotina em território inimigo. A sua coragem será testada até ao limite pela inclemência dos mares e a dura disciplina da Marinha, mas assim começa a carreira do jovem Hornblower para se tornar num dos maiores heróis das Guerras Napoleónicas. E numa das mais fascinantes personagens da literatura histórica.
Opinião:
"As Aventuras de Hornblower" é um romance histórico escrito pelo C.S. Forester, que retrata a vida de um jovem marinheiro inglês, um pouco antes da Guerra Napoleónica. A história mistura factos verídicos com fictícios.
Horatio Hornblower é um jovem de 17 anos, que acabou de entrar ao serviço da Marinha Real Britânica, para servir como Guarda-Marinha na fragata Justiniam. Mas como nunca antes tinha andado de barco a sua adaptação ao novo meio é algo turbulenta.
O autor consegue fazer uma óptima descrição das dificuldades envolventes a vida num navio envolvido num cenário de guerra, e que tem de estar sempre em alerta.
As descrições da batalhas navais estão muito bem descritas, e o autor tem o cuidado de explicar um pouco a estratégia das mesmas.
A maior dificuldade que tive ao ler este livro foi perceber os vários termos náuticos usados.
Gostei bastante do livro, e devo continuar a seguir esta longa saga, que é composta por 14 livros. Acho que os apreciadores de romances históricos que envolvam guerra, vão sem dúvida apreciar esta obra.
Avaliação: 8-10
28 de agosto de 2012
Opinião - Davy Crockett
Davy Crockett (1786 - 1836) foi uma personagem real com uma vida tão recheada de aventuras que já deu não um mas vários filmes, livros e séries de televisão. Este pioneiro americano do século XIX foi explorador, caçador de ursos e político, tendo, para além disso, combatido contra os índios, no Tenessee, e contra os mexicanos na revolução do Texas, onde aliás, morreu na batalha do Álamo.
Faz parte de uma galeria de heróis americanos, como Daniel Boone ou Buffalo Bill, cujas vidas têm preenchido a imaginação e o desejo de aventuras pelas planícies e montanhas da América selvagem de sucessivas gerações em todo o mundo. E este romance de Enid Meadowcroft, de agradável e entusiasmante leitura, tem sido sem dúvida a obra que mais o tem popularizado entre os jovens leitores.
Opinião:
"Davy Crockett" é um pequeno livro dirigido ao público mais jovem, que retrata a vida do Davy Crockett, um famoso aventureiro, caçador e politico Norte Americano.
Por ser um livro muito pequeno, somente 128 páginas, a história acaba por pecar pelos poucos detalhes e grandes saltos temporais. A escrita por ser tão resumida acaba por tirar o sentimentalismo ao enredo, e o leitor acaba por achar que a história poderia ter sido mais longa.
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Davy Crockett |
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Crockett na batalha do Álamo |
Avaliação: 6-10
12 de agosto de 2012
Opinião - A Jóia Encantada
Drizzt do'Urden está de volta. Venha descobrir a lenda do elfo mais misterioso e temido da fantasia. E acompanhe-o na épica jornada por um mundo onde só lâminas afiadas impõem respeito.
O assassino Artemis Entreri rapta a sua vítima, Regis, o halfling, e leva-o para Calimport onde o entrega nas mãos do vingativo Pasha Pook. Se Pook conseguir controlar a pantera mágica Guenhwyvar, Regis irá morrer num verdadeiro jogo de gato e rato. Com o auxílio de uma máscara encantada, o elfo negro Drizzt do’Urden esconde os traços da sua herança e junta-se ao bárbaro Wulfgar numa corrida desesperada para salvar o halfling. Um aliado inesperado surge no momento em que Entreri solta uma armadilha ao grupo. Mas conseguirá Regis sobreviver incólume? Os companheiros das Planícies Geladas lutam contra piratas ao longo da famosa Costa da Espada, desbravam os caminhos do deserto de Calimshan e confrontam monstros de outros planos para que possam salvar o seu amigo… e a si próprios.
Opinião:
"A Jóia Encantada" é o volume final da "Trilogia das Planícies Geladas" da autoria do escritor R.A. Salvatore.
Drizzt Do'Urden e Wulfgar perseguem o perigoso assassino Artemis Entreri que raptou o Regis, .mas essa perseguição vai conduzi-los a inúmeros perigos.
Catti-brie planeia a conquista de Mithral Hall em nome do seu pai adoptivo, o anão Bruenor Battlehammer, que faleceu ao lutar com um dragão.
Gostei bastante da luta entre o Drizzt e o Artemis, uma luta entre opostos, entre modos de vida e pensar completamente diferentes.
As cenas de lutas deste livro parece saídas de um videojogo e nunca sentimos que o "heróis" estão realmente em perigo. A maior surpresa deste livro para mim é bastante previsível se o leitor estiver com atenção.
O enredo é bastante linear e previsível. A capa e a sinopse têm imensos spoilers e eu acho que a editora deveria ter mais cuidado na elaboração da sinopse, porque pode estragar um pouco a leitura.
Como os restantes livros que li do Salvatore, este livro não é nenhuma obra prima, mas sim um bom livro para desanuviar de leituras mais pesadas e muito fácil de se ler em poucas horas.
Avaliação: 7-10
8 de agosto de 2012
Opinião - Excalibur
O Teste final à coragem do Rei Artur aproxima-se...
Artur esmagou a revolta de Lancelote, mas o preço foi elevado. A traição de Guinevere deixou-o fragilizado e os seus inimigos saxões pretendem aproveitar-se dessa vulnerabilidade. O caos ameaça dominar a Bretanha. Mas Artur já deu provas do seu génio militar e, à medida que a próxima batalha se aproxima, prepara-se para abrir caminho até à vitória em Monte Badon e reconquistar a mulher que perdeu. Mas quais serão as consequências das intrigas de Mordred, agora o herdeiro ao trono da Bretanha, e da magia da sacerdotisa Nimue, que querem exterminar Artur?Não perca a conclusão da trilogia dos Senhores de Guerra, a saga em que Cornwell dá nova vida ao mito arturiano, combinando com perícia a lenda e os factos históricos.
Opinião:
"Excalibur" é o livro final da trilogia "Senhores de Guerra". Como nos anteriores volumes, a história é narrada pelo Irmão Derfel Cadarn, antigo guerreiro ao serviço de Artur e seu amigo pessoal.
Esta trilogia relata as lendas sobre o Rei Artur de uma forma diferente da história mais romântica que é constantemente passada em filmes e livros.
Depois de ter esmagado a revolta de Lancelote, Artur prepara as suas tropas para o iminente ataque dos Saxões na primavera. Mas ele terá de contar com a oposição de alguns aliados e dos cristãos que habitam na Bretanha.
Os reis saxões Aelle e Cedric fizeram uma aliança para tentarem conquistar a Dumnónia, mas a relação incerta entre os dois e a forte oposição de Artur poderá trazer alguns dissabores e discórdias.
Como em todos os livros do Cornwell a descrição das lutas está feita de forma magistral. O Derfel fica marcado como uma das minhas personagens favoritas. Gostei bastante do final do livro e do destino incerto de certas personagens. O enredo apesar de ter partes algo previsíveis, tem várias surpresas.
Aconselho esta trilogia a todos os amantes de romance histórico e apreciadores das lendas arturianas.
Avaliação: 8-10
6 de agosto de 2012
Capa do livro "O Inverno do Mundo"
O escritor Ken Follett divulgou na sua página de Facebook, a capa da edição portuguesa do livro "Winter of the World", que por cá se irá chamar "O Inverno do Mundo".
O livro será publicado em Portugal no dia 18 de Setembro.
A minha opinião sobre o primeiro livro da trilogia, A Queda dos Gigantes
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