25 de setembro de 2013

Opinião - Espada e Cimitarra



Uma batalha entre dois continentes

No ano de 1565, a Europa ameaça desmoronar-se. Dividida, não consegue fazer frente a um implacável Império Otomano em expansão. Quando uma gigantesca frota turca se aproxima, toda a esperança de um continente caído em desgraça está numa minúscula ilha no meio do Mediterrâneo: Malta. E para a defender apenas restam os Cavaleiros da Ordem de Malta. 

Um homem dividido 

Entre os convocados para resistir e morrer está o veterano caído em desgraça, Sir Thomas Barrett. O instinto de honra força-o a colocar a Ordem acima de tudo, mas o seu desejo secreto é o de voltar a ver a mulher que sempre amou. Para piorar tudo, é incumbido de uma missão secreta pela rainha Isabel, que vê nos Cavaleiros uma ameaça ao seu reino. 

Um dia para mudar a História 

Enquanto Sir Thomas confronta o passado que lhe custou a honra, um grandioso exército inimigo lança o cerco à ilha. No meio de gritos e morte tudo se decidirá: o destino da fé cristã, o fim ou a glória dos Cavaleiros de Malta, e o futuro de uma Europa que nunca esteve tão próxima da aniquilação total.

Opinião:

"Espada e Cimitarra" é o primeiro livro que leio de Simon Scarrow, e tinha as expectativas altas por tudo de bom que ouvi sobre as suas obras, e devo dizer que este livro não me desiludiu

Neste livro é retratado o cerco feito pelo Império Otomano à ilha de Malta que na altura era uma possessão da Ordem dos Cavaleiros de Malta, também conhecidos como Hospitalários, no ano de  1565. 

"El Sitio de Malta" - pintura de Egnazio Danti do século XVI 

Sir Thomas Barrett , um cavaleiro que foi afastado da Ordem por manter um caso amoroso com uma jovem fidalga, é convocado de novo devido ao iminente ataque Otomano a Malta, sede da Ordem. Thomas é um homem divido pela sua fidelidade a Ordem e o seu amor antigo por Maria que mesmo passado 20 anos nunca terminou. 

Richard é um agente ao serviço da rainha de Inglaterra, e é enviado como escudeiro de Sir Thomas à Malta para recuperar um documento secreto. 

Scarrow consegue descrever muito bem o cerco que as forças Otomanas fizeram a Malta. A descrição das batalhas estão muito realistas e também consegue conjugar muito bem factos verídicos com factos ficcionais. Um excelente romance histórico e no futuro irei sem dúvida ler mais livros da sua autoria.

Avaliação: 8-10

7 de setembro de 2013

Opinião - Alex Cross - Perigo Duplo


Alex Cross desejava uma vida mais calma e rotineira depois de ter deixado a polícia. Quando dois assassinos em série decidem persegui-lo em simultâneo, e lhe deixam pistas após cada novo crime, Cross vê-se uma vez mais envolvido em problemas.
Um deles, conhecido por Assassino Público, dá início a uma série de homicídios complexos e mediáticos, espalhando o pânico por Washington, DC. O outro, Kyle Craig, é um dos seus inimigos mais antigos, que jurara vingar-se do detetive e que acaba de escapar da prisão de máxima segurança em que estava há quatro anos.
Alex Cross, o «Caçador de Dragões», regressa, então, para enfrentar dois criminosos perversos, que não olharão a meios para o derrubar.

Opinião:

Perigo Duplo é o segundo volume publicado pela editora Topseller da saga Alex Cross. 

Alex Cross retirou-se  da polícia para se tornar psicólogo a tempo inteiro e poder ter uma vida mais calma, mas quando um perigoso assassino comete uma série brutal de crimes em Washington DC, Alex decide voltar para ajudar as forças policiais travarem a onda de assassinatos brutais.

Neste livro o autor explora também a relação familiar de Alex com os seus 3 filhos, a sua mãe, e o seu namoro com a detective Bree Stone, que irá ser sua parceira no caso.

Kyle Craig, um criminoso que esteve preso alguns anos numa prisão de máxima segurança, consegue fugir e promete vingar-se das pessoas que o prenderam... Alex Cross é um dos seus alvos.

O facto do livro ter capítulos muito curtos faz com que o ritmo seja alucinante, e com a imensa acção descrita, tornam-no num livro completamente viciante.  

James Patterson já me conquistou por completo com a sua habilidade de construir personagens fortes e humanas e um excelente enredo. 

Avaliação: 9-10

29 de agosto de 2013

Opinião - Inimigo


Americano contra americano. Irmão contra irmão. Numa guerra civil tão cruel como a americana há heróis, vilões e... um inimigo. 

Com a mestria e excelência a que Bernard Cornwell habituou os seus leitores, eis que mergulhamos na devastação da Guerra Civil Americana e testemunhamos as vitórias e derrotas dos exércitos do Sul e Norte. 
No meio da carnificina, dois amigos de infância, Nathaniel Starbuck e Adam, decidem ir contra familiares e amigos para lutar pelas próprias convicções, imersos no sangue e horror da guerra. 
E mesmo após provar a sua bravura através de grandes feitos militares, a carreira de Nathaniel é posta em perigo pelas suspeitas e hostilidade do brigadeiro-general Washington Faulconer. O resultado desta luta sem quartel irá alterar drasticamente os destinos de ambos os homens e lançá-los naquela que foi uma das mais sangrentas e decisivas batalhas do conflito americano… Conseguirá Nathaniel sobreviver incólume, mesmo rodeado de inimigos?

Opinião:

Inimigo é o terceiro volume da saga "As Crónicas de Nathaniel Starbuck", saga que retrata a Guerra Civil Americana. 

Nate agora lidera uma das companhias da Legião Faulconer mas mesmo assim tem de enfrentar a oposição de Faulconer, que o despreza por pensar que ele contribuiu para a "traição" do seu filho.

Neste livro continuamos a seguir a terrível guerra civil que devastou os Estados Unidos, e assistimos à Segunda Batalha de Manassas . Que mais uma vez está excelentemente retratada, tanto em termos tácticos como pela descrição do sofrimento e sensações dos intervenientes.


Segunda Batalha de Manassas ou Bull Run

Esta é uma saga que todos os amantes da história deviam ler. Recomendo!

Avaliação: 8-10

31 de julho de 2013

Opinião - Acácia - O Povo das Crianças Divinas


Um império com perigosos aliados e demasiados inimigos. Quatro príncipes determinados a cumprir um destino. Uma rede de intrigas que atravessa gerações. Manter o trono de Acácia poderá revelar-se uma tarefa fatal.

Corinn Akaran é a senhora suprema do Império Acaciano do Mundo Conhecido, e o poder parece suavizá-la, até mesmo fazê-la ceder aos jogos do amor. Mas, por todo o lado fervilha a traição e multiplicam-se as conspirações para a derrubar: dos seus alegados aliados numrek até às intrigas em torno da filha de Aliver, Shen, enquanto, do outro lado do mundo, um exército gigantesco se prepara para marchar sobre o Mundo Conhecido e a Liga dos Navios continua a jogar em dois perigosos tabuleiros, disposta a jurar servir qualquer senhor, desde que esse senhor sirva os seus próprios interesses.

Corinn nem pode contar com a sua própria família: a irmã Mena esconde-lhe segredos e Dariel, prisioneiro das Crianças Divinas, vai enfrentar uma aventura - novamente contra a Liga dos Navios - que o transformará no corpo e no espírito. Mas Corinn aprendeu a lutar, e não vai hesitar em chamar a si todos os aliados que conseguir, até mesmo aqueles que ninguém imaginava que um dia pudessem voltar.

Opinião:

"O Povo das Crianças Divinas" é o quarto volume da saga "Acácia" da autoria do escritor norte americano David Anthony Durham. 

Dariel que se encontra prisioneiro do Povo Livre, é uma das personagens que mais cresce neste livro, e que finalmente ganha um objectivo que lhe faz novamente lutar contra um antigo inimigo.

Corinn que tem cada vez mais obstáculos em manter o trono, vira-se cada vez mais para a magia para conseguir alcançar os seus objectivos, mas não tem o conhecimento das consequências do uso excessivo da magia.

Mena está mais calma desde que tem a Elya como companheira, mas o espírito de Maeban estará sempre presente.

A leitura deste volume é bastante  boa, mas divido a divisão dos livros, o início do livro é logo repleto de acção e quem não se lembre bem da leitura do volume anterior pode perder-se um pouco. 

David Anthony Durham é um dos meus escritores preferidos pelo seu talento em criar personagens fortes e pelas suas excelentes descrições do ambiente.

Para mim todos os amantes de fantasia deviam ler esta saga. Let the war begin!

Avaliação: 8-10

26 de julho de 2013

Opinião - The Walking Dead - A Ascenção do Governador


No universo de “The Walking Dead” (uma admirável BD agora transformada numa premiada série de TV) não há maior vilão do que o Governador. Ele é o déspota que governa a cidade isolada de Woodbury e tem doentias noções de justiça: seja a forçar prisioneiros a combater zombies na arena para divertimento dos locais, seja a destroçar violentamente aqueles que o confrontam. O Governador é um vilão que tão cedo não se esquece e a sua história é uma das mais controversas que Robert Kirkman, criador de “The Walking Dead”, alguma vez concebeu. Agora, pela primeira vez, os fãs irão descobrir como é que o Governador se tornou neste homem implacável e aquilo que o levou a tais extremos.

Opinião:

Este livro relata os acontecimentos que transformaram um homem simples no cruel e tirano Governador, que governa Woodbury.

Depois do apocalipse que transformou quase a totalidade da população humana em zombies, os sobreviventes vão forçados a viver num mundo recheado de violência e privações.  Phillip Blake juntamente com o seu irmão, filha e melhor amigo são forçados a cometer actos que nunca pensaram que seriam capazes de fazer.

O Governador que vemos na série é um homem sem escrúpulos, e é bastante interessante ler os acontecimentos que o levaram a tornar-se em tal. 

Este livro é uma leitura agradável, principalmente para os admiradores da série, que tem um ritmo elevado e muito suspense. Devo dizer que o final apanhou-me desprevenido e foi a minha parte preferida.

Avaliação: 7-10