5 de setembro de 2011

Opinião - A Eleita de Kushiel



Terre d'Ange é um lugar de beleza sem igual. Diz-se que os anjos deram com a terra e a acharam boa... e que a raça resultante do amor entre anjos e humanos se rege por uma simples regra: ama à tua vontade. Phèdre nó Delaunay foi vendida para a servidão em criança. O seu contrato foi comprado por um fidalgo, o primeiro a reconhecê-la como alguém atingido pelo Dardo de Kushiel, eleita para toda a vida experimentar a dor e o prazer como uma coisa só. Ele adestrou Phèdre nas artes palacianas e nos talentos de alcova - e, acima de tudo, na habilidade de observar, recordar e analisar. Quando tropeçou numa trama que ameaçava os próprios alicerces da sua pátria, ela abriu mão de tudo o que lhe era mais querido para salvá-la. Sobreviveu, e viveu para que outros contassem a sua história, e se eles embelezaram o conto com tecido de mítico esplendor, não ficaram muito aquém da realidade. As mãos dos deuses pousam pesadamente sobre a fronte de Phèdre, e ainda não deram a sua missão por terminada. Embora a jovem rainha que jaz sentada no trono seja bem amada pelo povo, há quem creia que outro deveria usar a coroa... e aqueles que escaparam à ira dos poderosos ainda não acabaram as suas tramas de poder e vingança.


Opinião:

Este é o terceiro livro da saga Kushiel, onde continuamos a seguir a aventuras da anguissette Phèdre nó Delauney de Montrève.


No final do último livro Phèdre é nomeada Comtesse de Montrève, devido ao falecimento do pai de Anafiel Delauney. No tempo que vive lá ela e Joscelin tornam-se num casal, e vivem lá felizes, até ao dia que Phèdre recebe uma encomenda perturbadora de La Serenissima (cidade muito parecida com a Veneza Medieval), que a leva a viajar imediatamente para a Cidade de Elua, para averiguar o paradeiro de Melisandre.


Na cidade Phèdre com a ajuda de Joscelin e dos três chevaliers a suas ordens tentam descobrir como é que a Melisandre conseguiu fugir da prisão. Nas buscas descobrem que todos os guardas de serviço nessa noite desapareceram.


Depois de algumas peripécias descobrem que alguns dos guardas estão em Camlach, onde se juntaram aos Imperdoáveis. 
Phèdre finge ter um desentendimento com a Rainha Ysandre, para ter um motivo para um "exílio" em La Serenissima, mas no caminho passa por Camlach para falar com os guardas.


Phèdre, é uma personagem que aprecio bastante. É inteligente, consegue compreender as pessoas facilmente e tem uns excelentes dotes linguísticos. Os seus encontros com os patronos são cenas bem escaldantes.


Joscelin teve neste livro um papel mais secundário, mas que não deixou de ser importante. Neste livro ele tem uma aproximação da religião Yeshuíta.


Melisandre apesar de só aparecer mais no final tem um papel fundamental e continua a ser uma mestre na arte da manipulação. 


Uma nota também aos três chevaliers de Phèdre, Fortun, Remy e Ti-Philippe, que são conhecidos como Os Rapazes de Phèdre. Eles prestam um grande apoio no apuramento dos factos da fuga de Melisandre.


O livro tem um enredo difícil de adivinhar, personagens extremamente bem construídas e com um ritmo  bastante elevado. Uma coisa que senti falta neste volume foi uma batalha grande.
Esta é sem dúvida uma saga a seguir


Classificação: 8-10 


1 comentário:

Rita disse...

Suspeitava que ias gostar do volume e ficar rendido à saga. :P

Nesta obra também senti que os três Chevaliers tiveram algum destaque e gostei bastante de os conhecer um pouco mais. Phèdre é também para mim das minhas personagens da saga, pois adoro a sua perspicácia. :)

Espero que gostes tanto do próximo quanto deste. :)