27 de fevereiro de 2013

Opinião - Leões de Cartago



Neste empolgante épico, recheado de personagens históricas e muitas reviravoltas do destino, David Anthony Durham recria o mundo lendário de Aníbal, o mais célebre dos Leões de Cartago.
Tendo como cenário inicial o território que hoje corresponde a Espanha, traça as origens da guerra, as primeiras conquistas e a sábia escolha de Aníbal ao atacar Roma por via terrestre, feito que se julga impossível.
A prosa vívida e cinematrográfica de Durham transporta-nos para diversos campos de batalha, ao encontro de heróis e povos bélicos que marcaram para sempre a nossa História.
"Leões de Cartago" é uma conquista na área do romance histórico e fará com que o leitor mergulhe num mundo de autenticidade ficcionada, onde ganham vida personagens, acontecimentos e pormenores impressionantes.

Opinião:


Leões de Cartago é um romance histórico ficcional baseado na Segunda Guerra Púnica, que opôs Roma contra Cartago.  Aníbal era um general de Cartago que estava a expandir o domínio sobre a Hispânia e foi o principal líder cartaginês na guerra, sendo a personagem principal do livro. 


A guerra iniciou-se com o cerco cartaginês a cidade de Saguntum, que tinha uma aliança firmada com Roma. Mas um acordo anterior feito entre Roma e Cartago, que permitia a expansão de Cartago na Península Ibérica ate ao rio Ebro, deixava a cidade dentro dos limites traçados no acordo.  Roma enviou um representante a Cartago para exigir o final do cerco, como não o conseguiram obter declararam guerra. 

Territórios de Roma e Cartago antes da Guerra

Depois da declaração de guerra, Aníbal planeou uma ambiciosa campanha terrestre contra Roma, que levou o seu exército, que era parcialmente composto por um grande regimento de elefantes de guerra, a atravessar os Pirenéus e os Alpes. O que foi um dos maiores feitos militares da época, e apanhou os romanos completamente de surpresa.

Aníbal actualmente ainda é considerado como um dos melhores estrategas militares, devido a sua capacidade de improvisar e planear das lutas ganhou quase todos os grandes combates contra Roma. 

Públio Cipião foi um dos vários generais de Roma que lutaram  contra Cartago, mas foi de longe o mais bem sucedido. Com a sua astucia conseguiu terminar com o domínio cartaginês na Península Ibérica e depois conseguiu derrotar Aníbal na batalha de Zama, que selou a vitória romana.

Leões de Cartago é um romance histórico com um enredo vibrante e recheado de acção e intrigas que conquista logo nas primeiras páginas. 

Avaliação: 8-10


Deixo-vós aqui a excelente capa espanhola do livro.


13 de fevereiro de 2013

Opinião - Goor - A Crónica de Feaglar I


Durante uma época ensombrada pelo despontar de novos conflitos e intrigas, a enigmática princesa Gar-Dena chega inesperadamente à corte do próspero reino Dhorian, no intuito de avisar o rei Feaglar para um terrível perigo latente que ameaça a liberdade e a própria sobrevivência de todos os Homens. Este será o ponto de partida para os acontecimentos relatados em Goor – A Crónica de Feaglar, que decorrem no período da Guerra dos Sete Reinos.Trata-se de uma fantástica aventura do rei e dos seus companheiros, que os levará aos limites das suas capacidades e aos confins do mundo conhecido, enfrentando inúmeros perigos e a herança de um nebuloso passado que foi propositadamente apagado da memória de todos os povos. O jovem e idealista rei, referido pelas antigas profecias como o Escolhido, terá de superar as suas próprias fraquezas e dúvidas, contrariar um destino sinistro e uma complexa teia de mentiras, urdida desde tempos imemoriais e em que ele próprio está envolvido.Em causa estará o próprio valor intrínseco do Homem e a sua determinação em sobreviver. Esta será uma jornada em que o futuro estará num indeciso limbo e em que tanto a vitória como a derrota podem acarretar um sacrifício demasiado doloroso para aqueles que aceitam o desafio que lhes é colocado. 

Opinião:

Sete anos após a publicação original "Goor - A Crónica de Feaglar" está de volta numa edição de autor. Este romance épico da autoria de Pedro Ventura, do qual já li "O Regresso dos Deuses - Rebelião", narra a vida de Feaglar, rei de Dhorian.

Feaglar é um jovem rei que tenta governar com justiça sem olhar ao estrato social dos envolvidos e um reformista que tenta dar uma voz mais activa ao povo o que, por vezes, choca com as vontades dos grandes nobres. Um dia chega inesperadamente à sua corte, situada em Nimelian, a princesa Gar-Dena para o avisar de um grande perigo que está prestes a chegar aos Sete Reinos. A partir desse momento a sua vida irá mudar radicalmente.

Gar-Dena é uma misteriosa princesa Litíca que tem latente um poder imenso do qual nem ela conhece os limites. É filha da segunda mulher do rei dos Litícos, mas vive isolada da corte pois o seu meio-irmão, actual rei, nunca aceitou o segundo casamento do pai. 

Neste livro existe uma óptima mescla de romance e luta, sendo o primeiro de dois volumes, o livro tem alguma atenção à descrição dos Sete Reinos e aos seus diversos povos. Os pontos fortes são a excelente construção das personagens e as descrições das várias cenas de luta.

Depois de finalizada a leitura deste primeiro volume confesso que estou desejoso de ter o segundo nas mãos.

Se estiver interessado em adquirir este excelente livro poderá o fazer aqui.

Avaliação: 8-10

10 de fevereiro de 2013

Opinião - Acácia - Outras Terras


A luta apocalíptica contra os Mein terminou. Uma vitoriosa Corinn Akaran reina no Império Acaciano do Mundo Conhecido. Apoiada no seu conhecimento de artes mágicas do livro A Canção de Elenet, ela reina com mão de ferro. E reconstruir um império desgastado pela guerra não é fácil. Das misteriosas Outras Terras, chegam à corte notícias inquietantes, e Corinn envia o seu irmão, Dariel, como emissário pelos mares tempestuosos das Encostas Cinzentas. 

Ao chegar àquele distante continente, este antigo pirata é apanhado numa rede de velhas rivalidades, ressentimentos, intrigas e uma crescente deslealdade. A sua chegada provoca um tal tumulto que o Mundo Conhecido é de novo ameaçado pela possibilidade de invasão — algo que tornaria os anteriores perigos numa brincadeira de crianças. Sem aparentes obstáculos, um novo ciclo de acontecimentos que irá arruinar e remodelar o mundo está prestes a começar…

Opinião:

Acácia - Outras Terras é o terceiro volume da saga Acácia, a editora Saída de Emergência decidiu dividir todos os livros da trilogia original, da autoria do David Anthony Durham. Os acontecimentos deste livro ocorrem cerca de 10 após a queda de Hanish Mein. 

Corinn que subiu ao trono do Mundo Conhecido após a derrota dos Mein, tem reinado com uma mão de ferro e secretamente estuda o livro mágico, A Canção de Elenet. Da sua relação com Hanish, nasceu um filho a que ela chamou de Aaden.

Dariel tem passado estes anos focado na reconstrução do Império, que ficou devastado com as guerras. Ele recebe uma convocatória urgente da Corinn para se apresentar em Acácia, onde é informado que irá partir para as Outras Terras, com Rialus Neptos, para negociar com os lothlan aklun um novo acordo comercial.

Após a destruição do exército dos Mein pela magia dos Santoth, o continente de Talay começou a ter inúmeros relatos de avistamentos de animais modificados pelos efeitos secundários da magia, alguns deles tomam proporções enormes e representam um risco para a população por isso a Mena juntamente com o seu marido Melio e um pequeno exército, tenta os erradicar.

O povo está descontente com a politica seguida da Rainha Corinn, que não cumpriu as promessas que o seu irmão Aliver tinha feito, como abolir a cota. E agora sem a Bruma, droga que os tornava submissos há cada vez mais incentivos a uma revolta popular.  

A decisão da editora em dividir o livro, corta a acção e o enredo, tornando este livro algo introdutório e com a grande parte da acção a ocorrer na segunda parte. O que para mim é um erro crasso da editora porque torna os mesmos menos interessantes  e causa uma despesa acrescentada aos leitores. 

Aconselho aos leitores mais pacientes a esperar pela publicação do próximo e ler ambos de seguida

Avaliação: 7-10

7 de fevereiro de 2013

Dragonlance - Dragões de um Crepúsculo de Outono


Anos após terem optado por seguir caminhos diferentes, um grupo de companheiros reencontra-se na sua terra natal apenas para descobrir que o mundo de Krynn mudou. Rumores de guerra e sombras dominam as conversas de estalagem e monstros e criaturas míticas que só existiam em lendas voltaram a ser avistados. E nenhum companheiro se atreve a confidenciar os segredos que oculta no coração e que descobriu em viagens cheias de perigo.

Até ao dia em que um encontro ocasional com uma bela mulher, que detém em seu poder um bastão de cristal, arrasta os companheiros para o caos e muda as suas vidas para sempre. Ninguém esperava que se revelassem heróis. Muito menos eles. Mas conseguirão arranjar a força, honra e coragem para enfrentar os Deuses da Luz e Trevas no momento em que a Guerra da Lança está prestes a começar?

A venda a partir do dia 22 de Fevereiro.

6 de fevereiro de 2013

Opinião - Wolf Hall


Inglaterra, década de 1520. Henrique VIII está no trono, mas não tem herdeiros. O cardeal Wolsey é o conselheiro do rei encarregue de obter o divórcio que o papa recusa conceder. Neste ambiente de desconfiança e necessidade aparece Thomas Cromwell, primeiro como secretário de Wolsey, e depois como seu sucessor. Cromwell é um homem muito original: filho de um ferreiro bruto, é um génio da política, um subornador, um galanteador, um arrivista, um homem com uma habilidade incrível para manipular pessoas e aproveitar ocasiões. Implacável na procura dos seus próprios interesses, Cromwell é tão ambicioso nos seus objectivos políticos como nos seus objectivos pessoais. O seu plano de reformas é implementado perante um parlamento que apenas zela pelos seus interesses e um rei que flutua entre paixões românticas e fúrias brutais.

De uma das melhores escritoras contemporâneas, Wolf Hall explora a intersecção de psicologia individual com objectivos políticos. Com uma grande variedade de personagens e uma rica sucessão de incidentes, recua na história para nos mostrar a Inglaterra dos Tudor como uma sociedade em formação, que se molda a si própria com grande paixão, sofrimento e coragem.

Opinião:

Wolf Hall é um romance histórico que retrata a corte inglesa durante o reinado de Henrique VIII. Henrique não tem herdeiros varões, apaixona-se pela jovem Ana Bolena que promete o filho que ele tanto anseia, e por isso tenta obter o divorcio da Rainha Catarina de Aragão, ele encarrega o cardeal Wolsey para obter o divórcio junto do Papa.

A personagem central desta história é Thomas Cromwell, um secretário ao serviço de Wolsey que tem uma enorme capacidade politica e senhor de uma ambição sem limites.  

Henrique VIII foi um rei muito polémico devido aos seus numerosos e controversos casamentos, a sua disputa com Roma por causa da obtenção do divórcio e as suas crescentes diferenças teológicas com a doutrina papal que o levarão à criação da Igreja Anglicana da qual se assumiu como líder.

O enredo deste livro retrata a contenda que Henrique VIII teve para tentar obter a aprovação para o seu divórcio de Roma, a qual nunca foi obtida, por isso ordena ao seu ministro Cromwell para obter o seu divorcio no Parlamento.

O livro não me cativou devido a sua acção lenta e sem grandes pontos de interesse.

Avaliação: 6-10

1 de fevereiro de 2013

Divulgação: 1189 - Último Massacre


Em Maio de 1189, uma imponente frota de Cruzados nórdicos aportou em Alvor, actual território do Algarve, e arrasou toda a população; cinco mil mortos. Nesta obra, o autor através de uma trama onde entram diálogos interculturais entre muçulmanos, judeus e cristãos, diversos segredos do cristianismo em paralelo com uma narrativa histórica excelentemente elaborada.